Um levantamento recente da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, mostra que praticamente 100% das indústrias associadas instaladas nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul estão operando. Parte das indústrias atravessou esses primeiros meses da pandemia do covid-19 fazendo alguma movimentação diferenciada, seja operando com o quadro reduzido, férias coletivas, redução da jornada ou da produção.
O cenário atual, na região Sul, segundo o estudo da ABIFA, conta com parte das indústrias com o quadro de 100% dos profissionais trabalhando e a capacidade produtiva normalizada, outra parte ainda reduzida. Poucas indústrias adotaram medidas de redução de quadro, a maioria afastou os profissionais de grupo de risco e mantém boa parte das equipes administrativas em home office.
Estudo da ABIFA abrange mercado consumidor
O levantamento da ABIFA também revela que os principais compradores da indústria automotiva da região sul mantêm as suas fábricas em produção. É o caso, por exemplo, da BMW em Santa Catarina, da GM no Rio Grande do Sul, da Renault e da Volvo no Paraná. No caso dos fornecedores de insumos, o levantamento mostra que todos os associados da ABIFA permanecem com as operações ativas, independente da região do país.
Em entrevista para o site da ABIFA, o presidente Afonso Gonzaga, destaca a importância de tratar o momento com seriedade e não de subestimá-lo. “Este processo nos trará dificuldades, mas também um grande aprendizado. Que nossos industriais tenham a firmeza na condução de seus negócios, que nossos fornecedores entendam que não é hora de majoração de preços e que o governo federal se conscientize de uma vez por todas que somos o principal parceiro para a grande retomada do desenvolvimento do Brasil”, destaca o dirigente da ABIFA.
O presidente da ABIFA concorda que o isolamento social é uma das medidas preventivas mais eficazes observadas para mitigar o avanço da COVID-19, basta ver o exemplo internacional. “No nosso entender, o que faltou foi um melhor planejamento, principalmente levando em consideração as dimensões continentais de nosso país. O Brasil tem a 5ª maior extensão territorial do mundo, com características bem diferentes de região para região. Enquanto na Itália temos uma população de 200 habitantes para 1 km², no Brasil são 20 pessoas para o mesmo espaço, o que faz muita diferença para a multiplicação do vírus”, analisa o representante da ABIFA.
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